segunda-feira, 11 de março de 2013

Maria da Penha

Maria da Penha, defensora dos direitos das mulheres
    O dia 08 de março 1857 ficou marcado na história mundial pela morte de 129 operárias de Nova Yorque: durante o que seria a primeira greve organizada unicamente por mulheres, a repressão policial acuou-as para o interior da fábrica na qual as protestantes trabalhavam e, policiais e patrões trancaram as portas e atearam fogo no edifício. As vítimas tornaram-se mártires da luta contra o preconceito, discriminação, por melhores condições de trabalho e salários. 
    Hoje, 156 anos depois da tragédia, há o que comemorar?
    É notória as conquistas dos direitos trabalhistas alcançadas pelas mulheres atualmente... contudo, a violência ainda é frequente, além do assédio físico e moral, sofridos diariamente por donas de casa, mães de família, esposas, funcionárias, etc.
    Uma  vítima mundialmente conhecida é Maria da  Penha Maia Fernandes, biofarmacêutica que hoje é paraplégica, resultado das violências e agressões perpetradas pelo marido, o colombiano Marco Antonio Heredias Viveros. As seguidas tentativas de homicídio e as graves lesões sofridas pela Maria da penha motivaram a criação da Lei 11340, que ofereceu novos recursos para aumentar a segurança das vítimas e acabar com a impunidade dos agressores. 
    Em 2011, quatro anos após a promulgação da Lei, 9715 pessoas foram presas com base na nova legislação. Maria da Penha possui um instituto para o apoio e divulgação dos direitos femininos no site http://www.mariadapenha.org.br/. Apesar disso, mulheres foram vítimas de violência, e até assassinadas pelos parceiros. Caso recente foi o de Eliza Samúdio, que, apesar de buscar ajuda na polícia, fora sequestrada e, recentemente, declarada morta pela justiça. O ex-goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 22 anos e 3 meses de reclusão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere provado. Porém, resta a pergunta: melhoramos as condições de vida e segurança das nossas mulheres?